Biomecânica do Agachamento

Levando em consideração o movimento executado até que o Fêmur se posicione paralelo ao solo, vamos a análise biomecânica  do agachamento. 

Alguns pontos chave 🔑 para um Agacho Perfeito - tronco e pernas (Tíbia) paralelos entre si, alinhamento entre quadris - joelhos e ponto médio dos pés,  curvaturas da coluna preservadas durante todo o arco de movimento, Fêmur paralelo ao solo em sinergia a boa mobilização de tornozelos e quadris, boa estabilidade Lombar e Escapular além da distribuição de forças nos pés de forma equilibrada.

* Alavanca - composta por:

 1-Força de Resistência (gerada pela carga do implemento),

 2-Força de Esforço (gerada pelos músculos),

 3-Haste Rígida (osso ou segmento) e

 4-Eixo (articulação).

* Braço de Força -  distância perpendicular a partir da linha de ação da força de esforço até o eixo (articulação).

* Braço de Resistência - distância perpendicular a partir da linha de ação da força de resistência até o eixo (articulação).

* Braço de Momento - levada em consideração a interação entre Braço de Força e o Braço de Resistência para cada respectivo ângulo do movimento. 

* Torque - Torque é definido como uma força rotacional sobre um eixo de movimento.

Identificar o posicionamento do implemento em relação as articulações envolvidas e o potencial de produzir movimento das mesmas é essencial para que ocorra boa dissipação de carga sem comprometimento funcional das estruturas, principalmente articulares. Atente-se a biomecânica dos movimentos para mais eficiência e segurança.

Discinesia Escapular

O movimento adequado da escápula é muito importante para a função normal do ombro, pois ela faz conexão entre o tronco e a cintura
escapular, servindo de base para a origem e inserção de diversos músculos do complexo articular.

Alterações no posicionamento da escápula em repouso ou durante o movimento são denominadas de Discinesia Escapular, o que significa a falta de controle do movimento e da posição da escápula em relação ao gradil costal.

Uma boa avaliação do ritmo Escapulo-Umeral é essencial antes do início de exercícios físicos para que as prescrições sejam condizentes com a realidade funcional de cada indivíduo, promovendo segurança e otimizando resultados.

⚠ Fatores Causais:
▪ Má postura.
▪ Cifose torácica.
▪ Hiperlordose cervical.
▪ Fraturas da clavícula ou lesões acromioclaviculares.
▪ Falta de flexibilidade.
▪ Fraqueza muscular.
▪ Contratura dos músculos e/ou ligamentos do ombro.
▪ Lesão do labrum da glenoide.
▪ Síndrome do impacto.
▪ Tendinite do manguito rotador.
▪ Ombro congelado.
▪ Disfunções proprioceptivas.
▪ Lesões nervosas.
▪ Desequilíbrios musculares.

🔥 Sintomas
▪ Dor ao redor da escápula, por contraturas e por síndrome miofascial.
▪ Perda de força do membro superior acometido.
▪ Dificuldade ao levantar o braço acima da altura do ombro.
▪ Tendinopatias causadas pelo impacto subacromial secundário à queda da escápula.
▪ Compressão das estruturas neurovasculares (Síndrome do Desfiladeiro Torácico) que inervam e irrigam todo o membro superior.
▪ Formigamentos no braço.
▪ Crepitações escapulotorácicas (estalos na região superior da escápula).


⚙ Tratamento
▪ Uso de analgésicos e anti-inflamatórios.
▪ Reeducação postural (Reequilíbrio Muscular)
▪ Uso de órteses para dar apoio à escápula durante o arco de movimento.
▪ Tratamento fisioterápico.
▪ Tratamento osteopático.
▪ Em casos mais graves, como lesões neurológicas, o tratamento cirúrgico é indicado.

Hérnia de Disco

A hérnia de disco ocorre quando parte de um disco intervertebral sai de sua posição anatômica e comprime as raizes nervosas que se ramificam a partir da medula espinhal e que emergem da coluna espinhal. Esse problema é mais comum nas regiões lombar e cervical, por serem áreas mais expostas ao movimento e que suportam mais carga.

📌 Classificação:

1 - Hérnia de disco protrusa: é o tipo mais comum, quando o núcleo do disco permanece intacto, mas já há perda da forma oval.

2 - Hérnia de disco extrusa: quando o núcleo do disco encontra-se deformado, formando uma 'gota'.

3 - Hérnia de disco sequestrada: quando o núcleo está muito danificado e pode até mesmo se dividir em duas partes.

☠ Sintomas: 

▪Dor na região acometida;

▪Dificuldade para movimentar membros e ou movimentos básicos como sentar e levantar, virar na cama, pegar uma bolsa, movimentar o pescoço e levantar braços;

▪Dormência e/ou fraqueza local ou em cotovelo, punho e dedos (em caso cervical), glúteos, parte posterior, anterior ou interna de uma das pernas (em caso lombar);

▪Queimação no trajeto do Nervo Ciático, que vai da coluna até o pé.

⚠ Fatores Causais:

🔺 Má Postura, posições pouco ergonômicas no ambiente de trabalho e/ou atividades de vida diárias;

🔺 Execução de movimentos que aumentem a compressão e cisalhamento na coluna vertebral;

🔺 Combinação de mais de um plano de movimento na Coluna (Exemplo - Flexão da Lombar “Abdominal Tronco” + Rotação da Lombar “Abdominal Cruzado”);

🔺 Perder as curvaturas anatômicas da coluna ao executar exercícios, principalmente com sobrecarga;

🔺 Pouca Hidratação diária;

🔺 Envelhecimento;

🔺 Excesso de peso;

🔺 Sedentarismo;

🔺 Predisposição Genética;

🔺 Eventuais acidentes automobilísticos onde possa ocorrer impacto no sentido crânio-caudal ou vice versa;

✅ Prevenção:

✔ Práticas regulares de exercício físico bem orientada e individualizada;

✔ Controle do peso corporal;

✔ Atenção a postura, evite ficar muito tempo na mesma posição;

✔ Ingerir pelo menos 2L de água por dia;

✔ Periodicamente realizar ressonâncias da coluna, junto ao seu Médico;

✔ Trabalho multidisciplinar na área da Saúde, integrando o papel do Médico, Educador Físico e Fisioterapeuta e casos ligados à tratamento.


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